Diretoria do Jaciobá cai e clube corre risco de não disputar Alagoano 2020
Pedido de anulação da eleição realizada em abril deste ano foi divulgado na última quinta 21
O Jaciobá está de cabeça pra baixo. Juiz da comarca de Pão de Açúcar, Edivaldo Landeosi determinou na última quinta afastamento imediato da diretoria do clube por irregularidade no processo eleitoral, realizado em abril de 2019.
Na eleição, segundo a Justiça, houve inscrição de uma chapa irregular, encabeçada por Matheus Gonzaga, filho do ex-presidente Jorge Gonzaga. O caso pode afetar o calendário do time e até o Campeonato Alagoano.
A Federação Alagoana de Futebol não se pronunciou sobre a participação do Jaciobá em competições como a Copa Alagoas e o próprio estadual. Enquanto o Conselho Deliberativo não se reunir com a federação, a permanência do time no Alagoano está ameaçada, já que os dirigentes em exercício não conhecem a situação do clube.
O Conselho Deliberativo, sob a presidência de Eberval de Souza, administrará o clube temporariamente. A audiência sobre o processo está marcada para 28/01/2020, e a FAF estará presente. Internamente, as decisões serão tomadas para organizar uma nova eleição, com o prazo preestabelecido de até 270 dias. Um novo processo eleitoral será realizado quando o quadro de sócios for regularizado.
Entenda o caso
Jorge Gonzaga é réu no processo que acusa também outros 18 integrantes da nova diretoria, incluindo Matheus Gonzaga, por manipularem a eleição do conselho eleito para o quadriênio 2019/23.
O processo
Os autores do processo, João José Melo Pereira encabeça a lista, protocolaram justificativas para invalidar a eleição. Segundo eles, Jorge Gonzaga recolheu assinaturas sob a alegação de que iria rescindir contratos ainda em 2018, quando, na verdade, as assinaturas dos conselheiros serviriam como confirmação para alterar o estatuto do clube, aumentando assim a duração do mandato do próximo presidente.
Segundo o regulamento interno do Jaciobá, uma eleição só pode ser organizada e presidida pelo Conselho Deliberativo do clube. Jorginho, à época, não era sequer presidente, o que deixou o processo inválido.
Diretoria
Encontradas as irregularidades, a recomendação do juiz foi o afastamento da diretoria eleita. Jorginho, ex-presidente, também participava da chapa empossada em abril. Além de Matheus Gonzaga e Lucilo Brandão, todos da diretoria, perderam os seus cargos. A orientação judicial foi feita sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil até o limite de R$ 30 mil, em caso de descumprimento.
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foto ascom - Jaciobá