Na terra de Marta, time de índias foge como pode da Covid e faz treinos individuais para o estadual - Programa Show de Bola

GOVERNO DE ALAGOAS

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Na terra de Marta, time de índias foge como pode da Covid e faz treinos individuais para o estadual

 Equipe Wassu-Cocal é o orgulho da aldeia alagoana

Na cidade de Joaquim Gomes, mais precisamente nas terras Wassu-Cocal, o amor pelo futebol falou mais alto entre as mulheres de uma tribo indígena. Um time virou orgulho da aldeia. No campo, 20 guerreiras se reúnem para jogar bola e buscar espaço nos campeonatos de Alagoas. Não se trata de lazer, mas de um desafio ao machismo e ao preconceito, ainda tão fortes no futebol.

Para quebrar esta barreira, foi preciso que uma mulher, Geralda dos Santos, de 35 anos, se levantasse e fincasse a bandeira do futebol. O time tem como inspiração a alagoana Marta, camisa 10 da seleção brasileira e eleita por seis vezes a melhor jogadora do mundo.

Neste ano, além das dificuldades normais pela falta de condições financeiras, material de treino, as meninas ainda precisam fugir da Covid.

O grupo formado por índias fanáticas por futebol está na expectativa de participar da Segunda Divisão do Campeonato Alagoano, previsto para começar em novembro. Camisa 10, Kleane Máximo, conhecida como Pelezinha, foi a primeira jogadora a se destacar na equipe.

Medo da Covid

As jogadoras da tribo Wassu-Cocal ainda não retomaram os treinos presenciais. Cada uma treina da maneira que pode, dentro ou nas proximidades de casa, individualmente ou, no máximo, em dupla. É grande o receio de que alguma atleta ou integrante da comissão técnica seja infectada pela Covid-19.

A doença se espalhou pelos 102 municípios de Alagoas nos últimos meses. Joaquim Gomes tem 507 casos confirmados até agora e 14 mortes. A tribo contabiliza 17 registros e uma morte.

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foto Ruan Máximo