Fernandes revê o Náutico e diz que vitória com o CSA tem sentimentos antagônicos: feliz por sair do Z-4, mas triste pela situação do ex-clube

 Treinador destaca ainda força do elenco azulino: "Resposta espetacular"

O técnico Roberto Fernandes enfrentou nesta terça um adversário íntimo na Série B. Ele tem uma longa história de títulos no Náutico e treinou a equipe neste ano. No entanto, quis o destino que enfrentasse pelo CSA um jogo decisivo contra o seu ex-clube.

O treinador viveu emoções diferentes no Rei Pelé e começou a coletiva fazendo um registro sobre o peso dessa vitória por 2 a 0.

- O futebol é muito mais do que um jogo. E esse jogo tem, na balança, dois sentimentos antagônicos. Óbvio que estou feliz pelo resultado, como não poderia ser diferente. Mas, ao mesmo tempo, lamento muito pela situação que o Náutico atravessa. Futebol tem coisas que não se explicam. Sei do esforço que a diretoria vem fazendo, dentro do que é possível. Em relação ao elenco, eu não tenho dúvida de que os atletas vão reforçar muitas equipes, porque têm qualidade. Futebol tem coisas que simplesmente não acontecem ou demoram a acontecer. A gente saiu (do Náutico) porque, às vezes, a ansiedade faz atropelar processos. Você não entende que uma troca contínua de treinador faz com que, às vezes, os atletas não assimilem.

Na sequência da entrevista, Roberto destacou a força do elenco do CSA, que está alcançando resultados rápidos nesse processo de recuperação. O time saiu da zona do rebaixamento nesta 27ª rodada e está agora na 14ª colocação, com 30 pontos.

O treinador também fez uma análise específica da partida. Gostou do encaixe do ataque com peças mais leves na etapa final

- Poderíamos ter aberto o placar no primeiro tempo. Tivemos pelo menos três oportunidades que, se está um pouquinho mais concentrado pra tomar a decisão certa, a gente poderia ter aberto o placar.  Mas isso ocorreu no segundo tempo. E o segundo gol caiu muito em cima daquela ideia de jogo nossa no momento que deixamos o ataque mais leve. No primeiro lance que tinha o Mercado, o Barcelos e o Osvaldo, a gente criou a oportunidade de fazer o segundo gol. E quem vive o momento que o adversário tá vivendo, quando se toma o segundo gol, é muito difícil ter forças. E a gente teve o resultado de forma construída e consistente.

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