Dois técnicos, oito derrotas: números mostram como o ASA foi rebaixado - Programa Show de Bola

GOVERNO DE ALAGOAS

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Dois técnicos, oito derrotas: números mostram como o ASA foi rebaixado

Falta de planejamento, troca de treinador, jejum de vitórias, desentendimento com ex-dirigentes, protestos da torcida, rojões em campo; por aí passam as explicações da queda


 O ASA está rebaixado para a Série D. Após o empate sem gols contra o Botafogo-PB, no Almeidão, o Alvinegro chegou a 13 pontos e não tem mais chances de sair do Z-2, faltando uma rodada para o término do campeonato. Para piorar a situação, o clube vai ter que amargar a lanterna da competição.

Os números comprovam a péssima campanha na Terceirona. Em 17 partidas, o time conquistou apenas duas vitórias, obteve sete empates e sofreu oito derrotas. O aproveitamento é decepcionante: 25,49%, percentual muito abaixo das outras equipes. Foram apenas 10 gols marcados até agora e 21 sofridos.

Na última rodada, no dia 9 deste mês, o ASA vai somente cumprir tabela no Municipal de Arapiraca, quando recebe o Confiança, às 19h30. Após o jogo na capital paraibana, os jogadores comentaram o rebaixamento.  

O ASA começou a Série C do Brasileiro na condição de concorrente para permanecer na competição. As boas campanhas nos anos anteriores e o primeiro semestre do time em 2017 credenciavam o Alvinegro a, pelo menos, continuar na Terceirona. No Campeonato Alagoano, o ASA chegou à semifinal, sendo eliminado pelo CSA, e na Copa do Brasil surpreendeu ao avançar até a terceira fase, desbancando Ferroviária e Coritiba, equipe tradicional do futebol brasileiro, e perdendo a vaga para o Paraná nos pênaltis.  
Eleito o melhor técnico do Alagoano, Maurílio Silva comandou a formação do elenco para a disputa da Série C. Cerca de 80% dos jogadores que disputaram o estadual foram mantidos para a Terceirona. O treinador trabalhou nas quatro primeiras rodadas e caiu após uma goleada para o Fortaleza, por 3 a 0, no Estádio Presidente Vargas. Antes, tinha perdido para o CSA, fora de casa, vencido o Remo, no Coaracy da Mata Fonseca, e sido derrotado pelo Sampaio Corrêa, no Municipal de Arapiraca. 

O começo ruim na Série C foi o suficiente para a troca no comando. Marcelo Vilar chegou ao ASA na quinta rodada. Com ele, chegou a esperança de o time deslanchar na competição. Porém, na prática não foi isso o que se viu. Nas 13 partidas que comandou, Vilar conquistou até agora apenas uma vitória, em casa, contra o Botafogo-PB. No mais, foram sete empates e cinco derrotas. 

A sequência ruim de resultados esquentou o ambiente alvinegro. Nos últimos dias, o que se viu no clube foram provocações de ex-dirigentes, protestos da torcida, inclusive com rojão atirado ao campo, desentendimento de atletas durante os treinos e a falta de confiança do torcedor que, com o passar do tempo, foi se afastando cada vez mais do time. 

Após a confirmação do rebaixamento, o volante Leanderson falou com a imprensa e resumiu os motivos da queda. 

- Não adianta lamentar porque não foi hoje que o ASA caiu. É uma sequência de resultados negativos. Apesar desse baque ainda temos o último jogo com a camisa do ASA, temos que ter hombridade e cada um assumir sua responsabilidade. Eu estou assumindo a minha agora e peço desculpa ao torcedor - desabafou. 

Quem também lamentou o rebaixamento foi o jovem Bruno Souto. Atleta das categorias de base do ASA, o garoto lembrou a campanha do ano passado, quando o Alvinegro quase voltou à Série B.

- É difícil. Eu subi da base e esse momento é muito triste. No ano passado nós brigamos para subir e agora cair. Não tenho muito o que falar - comentou. 

por Denison Roma
fotos cortesias