Narrador Edson Mauro comenta acesso do CSA: " Vai projetar o futebol alagoano"
Torcedor azulino, alagoano trabalha há mais de 40 anos na Rádio Globo. Ele destaca importância de explorar a marca do clube no cenário nacional
O acesso do CSA para a Série B do Brasileiro abriu portas para o clube. Adormecido no cenário nacional, o Azulão vai mudar de patamar em 2018. Em Alagoas, o clima é de euforia entre os azulinos e essa empolgação ganha força também fora do estado. O narrador esportivo Edson Mauro, da Rádio Globo, vive no Rio de Janeiro há mais de 40 anos e, como bom azulino, comemora o feito do clube de coração.
- Eu acho que a volta do CSA à Série B do Campeonato Brasileiro é uma oportunidade muito grande de projetar novamente o futebol alagoano. Durante muito tempo, a gente ficou fora do circuito e, agora com a volta do CSA, cria-se uma expectativa da volta de um clássico CSA x CRB na Segundona. Isso para o futebol alagoano vai ser de uma valia muito grande, de um valor imenso, não só de divulgação, mas de ganho técnico também, oportunidade de faturamento para os dois clubes, eles tirando proveito disso não somente nos dois jogos, mas durante toda a temporada - destacou.
Mauro afirma que a valorização dos dois maiores clubes do estado precisa ser trabalhada de forma que renda excelentes frutos. Exeperiente, o cronista dá dicas.
- Isso também vai valorizar muito o próprio Campeonato Alagoano, que vai ganhar um valor muito grande. Então, eu penso que o CRB ficando na Série B, e a gente com a perspectiva de dois jogos entre CSA e CRB, isso também vai motivar o próprio mercado nacional. É um mote muito grande para a imprensa brasileira, a imprensa internacional, e tem como se tirar proveito disso. É só fazer o marketing correto em relação a isso, fazer essa grande badalação dos jogos e faturar com os resultados - sugeriu.
Edson Mauro disse que nem sempre revelou para qual time torce aqui em Alagoas, mas contou ao GloboEsporte.com como surgiu a paixão pelo clube do Mutange.
- Essa minha iniciação como torcedor do CSA aconteceu quando criança. Quando eu tinha 8 anos de idade, o meu pai, "Seu Caio", me levava ao Estádio do Mutange; ele também era torcedor do CSA, fervoroso. Inclusive, ele não gostava de usar uma outra roupa, ele ia sempre com roupa branca para ver os jogos, dava sorte e coisa e tal. Ele tinha um grupo de amigos, a gente ficava ao lado dos amigos dele, sempre atrás do gol, à direita, aquele gol da entrada, que era muito disputado. Eu era garoto e lembro muito que tinha um torcedor que o meu pai e os amigos riam muito dele, um torcedor chamado "Pedro Doido".
- Eu nunca mais esqueci o nome desse cara porque ele era muito engraçado. Ele usava guarda-chuva mesmo em dia de sol e ficava ali atrás do gol, acompanhando os caras. O cara ia cobrar um escanteio na direita, ele ia para o lado direito; ia cobrar no outro escanteio, ele ia para lá para o outro lado, gritando, tirando onda com o cara; então, foram lembranças que solidificaram essa minha relação com o CSA. Meu pai era CSA, meus dois irmãos, que já faleceram, eram CSA também, meu irmão Lula, que mora aí em Maceió, também é CSA ... Então, realmente, era uma relação familiar, uma relação de criança, relação de garoto - conta.
por Denison Roma
fotos Aílton Oliveira - Edson Mauro -Museu dos Esportes
fotos Aílton Oliveira - Edson Mauro -Museu dos Esportes