No aniversário do CSA, Lauthenay Perdigão escolhe cinco itens mais valiosos da história do clube
Historiador lembra momentos marcantes do Azulão através de objetos que marcaram época
Quando o assunto é futebol alagoano, Lauthenay Perdigão tem muita história para contar. Mas seus relatos não se restringem à pesquisa, cronista esportivo e ex-jogador do CSA, ele esteve inserido no mundo futebol, acompanhando tudo de dentro e de fora dos gramados.
Nesse 7 de setembro, aniversário de 105 anos do Azulão, o Show de Bola.com.br foi até o Museu dos Esportes para falar com o "seu Lau". E através de objetos que marcaram a história do CSA, ele lembrou momentos marcantes.
– Essa é a bola do tetracampeonato de 68. E tem uma história bem interessante, depois do tetra, no início de 1969, foi feita uma música para o CSA e sua torcida: "Tô com pena de você". E a decisão do campeonato foi perto do Carnaval, e essa música acabou sendo a música mais tocada nas festas. E foi também uma gozação da torcida do CSA em cima da torcida do CRB.
– Ela é a camisa mais antiga que eu tenho aqui, a de 1923. É uma réplica. Há pouco tempo, o CSA mandou confeccionar uma camisa dessa, mas eu tinha muito antes. Um sobrinho meu fez essa para mim. E foi em 1923 que o CSA começou a despontar como uma grande equipe e essa camisa é uma relíquia.
Antigamente, os jogadores não ficavam com as camisas, como acontece hoje em dia. Os jogadores disputavam o campeonato inteiro com uma camisa e no fim do ano tinha que guardar para o outro ano também. Hoje as camisas são muitas, os jogadores trocam, são feitas camisas para o torcedor comprar, mas antigamente não era assim.
– Aqui tem bastante faixa de campeão. Temos da 1960 e de 1961, quando o CSA foi bicampeão. Tem faixa de 1971, 1984, tem a faixa do vice da taça de prata... E essas faixas foram doadas pelos jogadores. Eles vieram visitar o museu e, por iniciaiva deles, trouxeram.
– Hoje em dia não existe mais flâmula. Mas enquanto existiu eu colecionei, tenho muitas aqui. Tem de vários momentos do clube. Momentos que marcaram.
– Entre as muitas bandeiras que temos aqui tem uma que tem um lugar especial no meu coração. Eu fui homenageado pelo CSA, no tempo que o Roberto Mendes era o presidente, e eu recebi essa bandeira, uma placa e uma camisa. E a bandeira está em um lugar especial aqui no Museu dos Esportes (risos).
– São muitos bons atletas... e cada um dentro da sua época. Mas não poderia deixar de lembrar do Pedrinho, jogador na década de 1940. Tinha o Arcanjo, que era um grande artilheiro. Depois apareceram muitos outros. Não dá para lembrar de todos, e o CSA sempre foi um celeiro de grandes atletas, cada um dentro da sua época. Tem um jogador chamado Oscarzinho, que jogou em 1952, que era espetacular. Ítalo, que foi artilheiro do tetra dos anos 50. O Dida foi um dos grandes jogadores do CSA de 1952 e que foi campeão pelo Flamengo, foi para Seleção. Foi campeão do mundo... e hoje o Museu leva o seu nome.
– O CSA completa mais uma idade, é um clube de muita tradição e que foi criado para o povo. Acredito realmente que tem a maior torcida de Alagoas. É um clube do povo criado para o povo. É o time com maior número de títulos. Todos os azulinos ficam muito satisfeitos com o momento que o clube vive, e eu espero que o CSA ainda viva essa fase por muitos anos.
por globoesporte.com/Maceió
foto Viviane Leão