Na apresentação, técnico Roberto Fernandes diz que CSA precisa de 7 vitórias para se manter na Série B
De acordo com o treinador, o clube tem elenco e estrutura para escapar do rebaixamento, mas precisa dobrar seu aproveitamento no Brasileiro
O técnico Roberto Fernandes foi para a coletiva de apresentação ao CSA, nesta quarta, com números na cabeça. Especialista em salvar times do rebaixamento, ele fez as contas e espera chegar o quanto antes a 44 pontos.
Com mais 21, segundo o treinador, o CSA pode ver cumprida a missão de continuar na Série B. Avisou que não será simples, mas enxerga muito potencial no clube.
Roberto recebe o time ainda na zona do rebaixamento, com 23 pontos, na 17ª colocação, e estreia no próximo sábado contra o Sport, na Arena Pernambuco.
- Primeiramente, a missão ainda é muito árdua, muito difícil. Se nós analisarmos, chegamos ontem à 23ª rodada. Em 23 jogos, o CSA venceu quatro. Agora, restam 15 jogos e precisamos ganhar sete. Simplesmente, a gente tem que dobrar o percentual de aproveitamento (hoje, é de 33,3%). A missão por si só é árdua, independentemente da quantidade de jogos - iniciou o raciocínio o treinador, e continuou:
- Quando assumi, por exemplo, o CRB na primeira passagem (em 2018), restavam nove ou dez jogos e precisava de cinco vitórias. O aproveitamento é o mesmo que o CSA precisa agora. O que me fez aceitar o desafio? A grandeza e o tamanho do CSA. O crescimento do futebol alagoano é completamente diferente de oito, dez anos atrás.
Fernandes também enxerga o CSA como um time capaz de reagir na Série B. Avisou apenas que, nessa situação no campeonato, não dá para pensar em jogar bonito. É reunir forças para vencer as partidas.
- O treinador de futebol acompanha a competição. O torcedor do CSA não tem obrigação, o dirigente do CSA, a própria imprensa, de acompanhar o que está acontecendo em outros estados. O treinador, não, ele tem. Por acompanhar, entendo que o CSA tem elenco, tem estrutura e tem capacidade de reverter esse quadro.
Perguntando sobre o que deu errado no Náutico, seu último time, onde ficou apenas três meses, Roberto explicou que perdeu muitos atletas por lesão durante a Série B e a janela de transferências impediu que fossem contratadas, de pronto, peças de reposição
- Eu cheguei a fazer jogos em que o Náutico não teve nenhum titular da temporada passada. Isso tudo é o processo. Desde a minha saída, o Náutico não colheu sequer um empate, acumula quatro ou cinco derrotas consecutivas e tem hoje um confronto nordestino (contra o CRB). Lamento profundamente, porque aquilo que era conversado não foi cumprido, que quando abrisse a janela a gente, com o reforços, teria um leque maior de opções. E isso não aconteceu. Vida que segue. Hoje o momento do CSA é completamente diferente.
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foto Morgana Oliveira - ascom - CSA